Não fecho questão para diversos assuntos, nem me nego a discutir assuntos sensíveis. Nem sempre concordo ou vou apenas na onda do torcedor. Quando o assunto é negociar o local em que um jogo de futebol será realizado, acho que o assunto precisar ser debatido, discutido e levado em consideração diversos pontos de vista.
Calma, antes de apontarem uma metralhadora de xingamentos eu preciso dizer que minha preferência sempre será fazer o jogo no seu estádio ou mando ao lado do seu torcedor. Em alguns casos esta não é a melhor escolha e isto é uma visão racional, não é emocional.
Claro que o torcedor sempre – em sua maioria – terá uma carga emocional sobre o tema. E, dentro do pertencimento existente, ele sempre desejará o jogo para ele torcedr.
O CSA discutiu muito o assunto. Decidiu por não vender para uma outra praça o jogo entre CSA x Vasco pela Copa do Brasil. Também vou ser claro que a direção do clube optou por não vender por que o valor ofertado não era atraente. A maior proposta que atingiu os R$ 2 milhões não era um valor que seduziu. Com um milhão a mais ou com dobro do valor que foi ofertado, o CSA teria vendido.
Miriam Monte tinha – e, tem – a mente aberta para discutir e a firmeza de tomar qualquer que fosse a decisão com a segurança que tomaria a decisão que fosse melhor para o clube. Para decidir, Miriam trabalhou duas alternativas para ‘reforçar’ a sua decisão . A primeira é conseguir um patrocinador que assegurasse ao clube R$ 1 milhão, como um patrocinador especial fazendo ações no estádio e na cidade como patrocinador. Isto está sendo encaminhado. Outro detalhe é que no café da manhã com o Governador Paulo Dantas, o CSA assegurou R$2,5 mi de cota para o restante do ano, mas também buscou ao mandatário do Estado que o Rei Pelé tivesse a possibilidade de aumentar a capacidade de público, podendo chegar até 22 mil torcedores. Mesmo que tudo isso aconteça, o CSA sabe que ainda terá dois assuntos a serem resolvidos: os preços para o jogo – que devem ser salgados para nossa realidade – e quanto ficará para o clube na ideia da bilheteria. Existe uma referência que no jogo do CRB contra o Santos, o valor arrecado pelo clube regatiano foi um pouco maior que 600 mil reais. O time azulino pretende aumentar este valor pelo maior potencial que Vasco tem de atrair público.
Por fim, o CSA precisará ser duro e ter uma capacidade de administrar o jogo da forma mais eficiente possível. Gratuidades serão restringidas. Serão limitados o número de adesões ao programa de sócio-torcedor. O CSA também precisará se espelhar no que o CRB trabalhou junto a prefeitura para ofertar transporte publico em profusão para antes do jogo e principalmente depois da para o depois da partida.E um alerta! Algo que o CRB acabou não controlando foi a super lotação nas cadeiras especiais, onde o torcedor pagou o valor mais caro e acabou assistindo o jogo em pé, como se estivesse nas antigas gerais.
Enfim, com acertos e desafios, o jogo acontecerá no Rei Pelé. Com o jogo em casa é preciso que não seja bom somente para o torcedor. Será preciso que também seja bom para o clube no aspecto esportivo e financeiro.
