Após 46 anos do último tetra campeonato alagoano, o CRB voltou a conquistar quatro títulos alagoanos de forma consecutiva. Em um jogo cheio de emoções, com virada nos acréscimos, com polêmicas com arbitragem, o CRB derrotou o ASA por 2 a 1, na noite deste sábado em um Rei Pelé lotado.

No entanto, a história do jogo precisa ser contatada praticamente como um ‘filme de suspense’ que prendeu a atenção dos espectadores. E, toda a carga de emoção ficou reservada para o segundo tempo.

Após um primeiro tempo frio, de poucas emoções e com a primeira finalização na meta acontecendo somente aos 34 minutos, quando Thiaguinho chutou de fora da área e depois com Cristina Lucca finalizando para uma defesa tranquila de Matheus Albino no centro do gol.

Em oposição ao insosso 1º tempo, a etapa final foi insana. Aconteceu de tudo e o 2º tempo foi digno de entrar para história das finais do Alagoano.

Aos 17 minutos, Fabrício Bigode recebeu um passe de Charles e cruzou na área regatiana, Júnior Viçosa conseguiu antecipar ao goleiro Matheus Albino e colocou o ASA na frente do placar: 1 a 0.

Em desvantagem no marcador, o CRB saiu em busca de reagir. Os problemas e as polêmicas na decisão começaram a partir dos 27 minutos. O CRB teve um lance de bola alçada na área e que Miranda acabou cabeceando para o fundo do gol. No entanto, o árbitra assistente Brigida Cirilo marcou impedimento de Anselmo Ramon na origem da jogada. Apesar disto, o protocolo do VAR foi ativado e o lance foi para revisão. Neste momento, a primeira polêmica ganhou contornos de um grande problema. Com problemas nos equipamentos do VAR, o lance demorou sete minutos para uma definição. Ao ter a definição, uma falha de comunicação fez o árbitro Márcio dos Santos Oliveira confirmar o gol em um primeiro momento para dois minutos depois voltar da decisão tomada e definir pelo impedimento na origem da jogada. Com nove minutos no lance do gol anulado do CRB, substituições e alguns minutos dados por retardo do reinício da partida, o árbitro acresceu 17 minutos ao jogo. E durante os acréscimos, o jogo voltou a pegar fogo. Aos 55 minutos, Vinicius Barata fez um desvio e no segundo pau, Anselmo Ramon desviou a bola com a barriga, que ainda toca em um defensor do ASA e vai para o fundo da rede: era o gol de empate do CRB! Muita reclamação por parte dos jogadores do ASA que a bola teria tocado na mão de Anselmo, mas o VAR analisou e confirmou o gol regatiano.

Quando o jogo já se encaminhava para o final, Henri encontrou um cruzamento, a bola atravessou toda a extensão da área e ao atravessar toda á área, Higor Meritão surge em diagonal, testa com força, vence o goleiro Matheus Vinicius e marca o gol do título e do tetracampeonato.

O ASA ainda tentou o empate em um de bola aérea, mas a defesa do CRB conseguiu evitar o empate. Logo depois, o CRB pode comemorar a conquista do título da temporada, mas chegando ao tetro campeonato, quarenta e seis anos após o último tetra campeonato.