Futebol

CRB x CSA se enfrentam e opõe individualidade versus coletividade

Time azulino tem mais tempo de trabalho; enquanto regatiano está em pré-temporada

Por: Alberto Oliveira

24/01/2025 às 23h07

CRB x CSA se enfrentam pela 1ª vez na temporada 2025 - Foto: Ailton Cruz | Gazeta de Alagoas

O clássico entre CRB e CSA opõe situações claras ao compararmos os dois principais rivais do futebol alagoano.

Mandante da partida, o CRB é um time fazendo uma pré-temporada disputando duas competições. A informação parece ser algo difícil de entender, mas em função de um curtíssimo tempo de preparação, o CRB já começou a competir. Foram vinte dias de preparação para o jogo inicial na temporada. Para complicar o cenário, o Galo de Campina ainda fez uma ampla reformulação no elenco e tem um novo técnico.

Com tudo isso, o CRB acelerou processos na preparação para ter nos primeiros jogos pelo menos um time com um minimo de competitividade. Já competindo e sem ter tempo de treinar, o CRB exibe ideias iniciais de um trabalho, mas exibe força na individualidade de jogadores como Anselmo Ramon, Matheus Albino, Gegê e Léo Pereira que são jogadores qualificados no sentido de decidir o jogo.

Em oposição aquilo que vive o CRB, o CSA teve um tempo de pré-temporada que pode se dizer que é um luxo para a realidade do calendário brasileiro. Foram cerca de 45 dias de preparação com dois amistosos e dois jogos treinos. Além disto manteve uma boa base do elenco do ano passado e a comissão técnica. Apesar de também ter feito processos para ter um time competitivo logo para o primeiro jogo do ano, o CSA já tem cinco jogos disputados.

Com este cenário, o CSA aposta em dois aspectos para superar o CRB: a condição física e um maior entrosamento, indicando um time mais voltado para o coletivo e com jogadores como Igor Bahia, Brayann e Guilherme Cachoeira tendo o poder de decisão.

Por ser um jogo que oferta uma grande repercussão para o lado bom ou para o lado ruim, a estratégia definida pelos treinadores será fundamental para o comportamento dos times no clássico.

Anselmo Ramon é um dos principais jogadores do CRB: alto poder de decisão - Foto: Francisco Cedrim | ASCOM CRB

Pode parecer ‘migué’ a informação que o CRB não treinou para o clássico. No entanto, o time não treinou para o confronto contra o CSA. Quando se fala sobre treinar é executar uma programação com treinos mais intensos ou mais fortes. A sequência de jogos não permitiu isso. O principal treino regatiano é o descanso. Umberto Louser até buscou um trabalho leve, no campo, fazendo o posicionamento. Mas o treino mais efetivo deu-se na sala de imprensa com os vídeos mostrados apresentando o CSA.

Foram dois jogos seguidos com um curto período de tempo. O dia do jogo, o regenerativo no dia seguinte e no outro dia, a última atividade antes da partida.

Louser imagina até manter a ideia da mesma formação que enfrentou o Vitória. No entanto, isto dependerá da reação de alguns jogadores. Uma das maiores preocupações está no meia Gegê. O camisa 8 regatiano tem sofrido com uma pubalgia e precisa de uma recuperação melhor. Caso um dos remanescentes do time do ano passado não reunir a condição ideal para iniciar o jogo, Rafinha será o seu substituto. Outra possibilidade no time regatiano é de Danielzinho está no banco como opção.

Higo Magalhães desenha o que quer do CSA no clássico - Foto: Allan Max | ASCOM CSA

Em semana de clássico, o mistério é o principal reforço. O CSA se fechou inclusive até na presença da imprensa para entrevistas presenciais. Higo Magalhães surpreendeu com quatro mudanças na última partida contra o Confiança. É possível manter a ideia, mas em função de um encaixe em relação ao adversário, o time poderá ter alterações.

A presença do lateral Roberto é trabalhada como certa, após ter tido duas semanas fora dos trabalhos em função de um problema muscular ainda no jogo contra o Maracanã.

O treinador azulino também deve utilizar o trunfo de ter tido um dia a mais de treinamento, o que em tese, poderá se transformar em vantagem física no confronto.